sábado, 7 de fevereiro de 2009

Carlos Villagrán EslavaCarlos Villagrán Eslava. O verdadeiro kiko

Nasceu na colônia "Nativistas" da Cidade do México em 12 de Janeiro de 1944, e cresceu em uma família muito pobre.

Eram seis no total: seus pais e quatro irmãos. Duas irmãs menores e um irmão maior que ele. Não tinha sapatos nem colchão para dormir, e nem portas pra fechar, mas isso não fez que ele tivesse uma infância triste.

Villagran é "Quico" desde pequeno. Seu pai lhe pedia par imitar seu tio Chaperas que vivia em Chihuahua que tinha bochechas grandes e Carlos o imitava as mil maravilhas.
Trabalhou em tudo desde pequeno, graduando-se como a maioria das pessoas de sua época: na "Universidade da Vida". Aos 23 anos trabalhava em fotografia profissional e trabalhou por uma temporada para um dos mais importantes jornais da Cidade do México. Foi fotógrafo do jornal "Heraldo" em 1967, um ano antes das Olimpíadas do México. Estavam solicitando fotógrafos com um pouquinho de experiência para ensiná-los para trabalhar nas Olimpíadas. Cobriu eventos sociais, esportes, informação geral e espetáculos. Isso lhe deu a oportunidade de entrar na televisão, já que com a credencial de jornalista entrava até nos estúdios e pedia trabalho aos diretores de programas.
Encontrou um uniforme de marinheirinho no vestuário da "Casa Tostado", uma empresa que fornecia os vestuários para a Televisa. Com isso procurou um gorro e procurou colocar "chifrinhos" nas franjas dos cabelos envolvidos no gorro, para que não se parecesse com "Chabelo" (seu "trauma").
uando veio a oportunidade no "Canal Ocho" de fazer um programa para crianças. Trabalhando juntos Rubén Aguirre e Carlos Villagrán. Cinco minutos antes de estrear o programa, Carlos Villagrán receberia o apelido de "Pirolo" pelo cubano Sérgio Peña. Carlos Villagrán queria simplesmente ser chamado de "Carlos" ou "Carlitos", mas Sérgio queria algo mais chamativo, como se fosse um "nome de guerra", e acabou ficando "Pirolo". O nome encarnou tanto que quando passou a fazer parte do elenco de Chaves, era apresentado no começo do programa como Carlos Villagrán "Pirolo" (o locutor era Jorge Gutiérrez Zamora). Posteriormente tiraram o "Pirolo". Então veio o convite. Rubén já trabalhava com Chespirito em "Los Supergenios de la Mesa Quadadra", assim como Maria Antonieta e Ramón Valdés. Chespirito necessitava de atores para o elenco de "Chaves" (o qual combinou todo o projeto com Ramón Valdés). Já estando convidado para o elenco Rubén, Rámon e Maria. Como Rúben já conhecia e trabalhava com Carlos Villagrán, recomendou a Chespirito, Carlos Villagrán para o personagem.
Chespirito já havia visto Carlos personalizado como um menino de bochechas infladas já em cena numa obra chamada "Loquibambia" que foi apresentada no "Teatro 29 de Dezembro", muito antes de surgir o Quico.

Depois Chespirito o enriqueceu com seu roteiro. Porém o personagem é de Carlos Villagrán, ele o inventou, e ninguém lhe disse como fazê-lo. Personalidade e bordões são de Carlos Villagrán. Daí nasceu o Quico.Tudo começou com um "sketch" de 10 min. O qual não saberia se daria sucesso ou não. O resultado foi imediato, ria-se de tudo. Depois de oito dias, faz-se outra "sketch" de 10min... e vem a fusão dos canais do Telesistema Mexicano com a Televisión Independiente de México (TIM), Canal 8, de onde nasce a Televisa. O nome "El Chavo Del Ocho" foi sugerido a Chespirito e adotado em 1975. Cada um fez seu personagem, incorporando coisas pessoais para enriquecê-lo e dar-lhes uma personalidade individual, própria.arlos Villagrán cada vez mais se destacava como Quico, fazendo comerciais, e até se tornando mais popular que o próprio Chaves, o personagem chamava muita atenção, era quase que "folclórico".Foi aí que durante o auge de "Chaves" a gravadora EMI Capitol levou a cabo a intenção de gravar um disco com "Quico" onde Carlos Villagrán interpretou dez temas que tocaram em todas as rádios do país em 1976. Posteriomente Villagrán gravou outro disco, "Quico y Las Ardillas". E em 1994 cedeu sua imagem para o CD brasileiro "Discoteca do Kiko" da Paradoxx Music, gravado pelo dublador oficial Nelson Machado. Recentemente lançou o CD "Fiesta con Kiko".Em 1979, depois de contracenar no filme "El Chanfle", Carlos Villagrán deixa a vila do Chaves e posteriormente Ramón Valdés. Saiu porque o ambiente nas gravações e os boatos nos corredores lhes davam indícios de que era invejado e mal visto pelos companheiros. Um pouco de egoísmo, ciúme artístico, esse tipo de coisa. Então resolveu sair antes que o clima ficasse mais pesado. Foi então que foi convidado por uma televisão venezuelana para protagonizar um programa só seu. Ramón Valdés que era muito amigo e apegado de Carlos, vê a sua situação e presta total apoio e solidariedade ao amigo, e acabam protagonizando juntos a tal série venezuelana. Ramón Valdés era o "Sr. Moncho" (diminutivo modificado de Rámon). Depois da série, Rámon Valdés volta ao México e retorna as gravações de "Chaves" e cia. Carlos Villagrán morou na Venezuela por 8 anos. Depois de "Chaves", Carlos fez várias séries como "Kiko Botones", "El circo de Monsieur Cachetón", "Federrico", "El Niño de Papel", "Ah, que Kiko!" e outras mais.

Ao sair do programa, Carlos criou uma certa "briga" os com outros atores da série, principalmente com "Chespirito", envolvendo questões legais do uso do personagem, etc. Fofocas, boatos e declarações enriqueceram a rusga.Além de arrumar inquietações por parte da ANDI, Televisa e Chespirito, com quem luta para os pagamentos de seus direitos sobre o personagem, exibição, etc, também enfrentou um processo que envolvia o direito sobre o nome "Quico" (com C), que Chespirito já havia registrado. Tendo assim que registrar o personagem como "Kiko" (com K).Fora isso, Carlos Villagrán montou um espetáculo, no qual faz apresentações até hoje como "Kiko". Este espetáculo tem sido um êxito total em toda a América Latina. Inclusive, esteve no Brasil em 1996, realizou shows, e compareceu no "Programa Livre" e no "Jô Soares Onze e Meia", onde deu o ar de sua graça tomando a bebida que estava na caneca do Jô e ainda fechando o "Quinteto". No Jô, Carlos conheceu seu dublador Nelson Machado. Falando nisso, Carlos Villagrán teve que aprender a falar português e imitar o Nelson para que nos seus shows houvesse semelhança entre imagem e voz.

Depois de mais de 20 anos, Carlos Villagrán compareceu em 1º de abril de 2000 na Televisa, onde se prestava uma homenagem a Chespirito. No final do evento, Carlos subiu ao palco para dar um abraço no velho amigo.

Carlos continua fazendo shows por toda a América, e atualmente vive na Argentina

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